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Nos bailes da vida – Jet Boys


Eleita um dos melhores conjuntos de baile do Brasil, em 1974, pelos jornais Folha da Tarde e Notícias Populares, o Jet Boys no final da década de 70/início da de 80, migra para rock nacional, tocando Cazuza, Blitz, Titãs, Ultraje a Rigor,entre outros. Já na década seguinte, anima bailes por todo o interior paulista, com uma grande estrutura de palco e equipe, tornando-se uma das principais bandas do cenário musical.

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Roger Moreira · 19/03/2023 às 13:08 · Ler Mais

Andreas Kisser explica por que Anos 80 acabaram com solos de guitarra

Essa é uma das grandes críticas que eu tenho ao Rock nacional. Teve aquele ‘limbo’ entre o final do Led Zeppelin e a chegada do Van Halen em que o saxofone começou a tomar conta dos solos, com a guitarra em segundo ou terceiro plano. E aqui no Brasil não foi diferente, bandas como Titãs, Paralamas… o Ultraje a Rigor tinha uma pegada um pouco mais Metal, e o Barão Vermelho também era um pouco menos ‘tímido’. Mas o resto…

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Roger Moreira · 19/03/2023 às 13:06 · Ler Mais

Para homenagear o lendário Canisso, relembre bandas que já misturaram música com comédia

De rock ao sertanejo, o Entretê preparou uma lista hilária para você ouvir com o som no último volume

Ultraje a Rigor – Rebelde sem Causa

Formada durante a década de 1980, o Ultraje é uma banda que faz sucesso até os dias de hoje misturando crítica política e social com muito humor. “Rebelde sem Causa” conta a história de um jovem que tenta ser rebelde, mas é tão mimado pelos pais que não encontra motivos para se revoltar.

Source: Leiagora

Roger Moreira · 18/03/2023 às 13:51 · Ler Mais

O melhor álbum de estreia do rock nacional foi do Ultraje a rigor?

Roger Moreira · 12/03/2023 às 17:10 · Ler Mais

As ácidas críticas que Raul Seixas fazia aos roqueiros dos anos oitenta no Brasil

Quando Raul Seixas alfinetou o Ultraje a Rigor, de Roger Moreira

Em agosto de 2014, quando completou 25 anos da morte de Raul, trechos em áudio de entrevista conduzida pelo jornalista André Barbosa em 1988 foram publicadas no Portal ETC. Numa dos trechos, André pergunta a Raul sobre como enxergava o rock no Brasil naquela época.”Raul, me conta uma coisa. Você foi considerado um porta-estandarte do rock. E como é que você vê o rock no Brasil?” pergunta André, citando as raízes do rock no blues, r&b e muito mais, e comentando que nós também temos uma música popular que faz uma fusão de vários ritmos e estilos de diferentes origens. “Eu acho que hoje em dia, apesar de ser um rock mais ingênuo que estes conjuntos estão fazendo aí…”, responde Raul, em seguida amplificando mais os adjetivos: “Bem mais ingênuo, bem mais inocente, inclusive pobre de harmonia, muito mais pobre que já tivemos com a música popular brasileira, com o tropicalismo e tudo, já chegamos numa fase muito mais rica, tá espelhando numa coisa mais pátria”.Daí Raul faz uma citação direta ao Ultraje a Rigor: “Nós somos inúteis, nu com a mão no bolso” diz o cantor, citando frases marcantes de duas músicas da banda para exemplificar sua lógica. “Quer dizer, é isso, é o momento histórico que nós estamos passando, e se há falta de cultura na juventude, há falta de cultura. Os desenhos animados são preguiçosos hoje em dia, fica tudo parado assim, só move a boca, move um olho, tá tudo assim meio desanimado mesmo. “É isso mesmo, uma falta de cultura mesmo, tanto musical quanto de ideias. A juventude está mal informada, foi uma grande conquista de quem quis que acontecesse assim”.O roqueiro e a banda brasileira dos anos oitenta preferidos de Raul Seixas.Um dos poucos roqueiros da safra dos anos oitenta que manteve relação direta com Raul foi Marcelo Nova. “A primeira vez que vi Raul eu tinha uns 10 anos de idade. Raul tinha uns 17″(…) “Nem cheguei a conversar com ele na época, porque o Raul era seis anos mais velho que eu, e nessa fase uma diferença dessas é muito grande”, conta no livro “Marcelo Nova: O Galope do Tempo” de André Barcinski. Então, embora conhecesse Raul desde a infância, eles só se encontraram pela primeira vez em 1984 quando Raul foi convidado para subir ao palco com a banda de Marcelo, o Camisa de Vênus, em um show no Circo Voador do Rio de Janeiro. Os dois passam a manter contato, com o Camisa gravando “Ouro de Tolo” no seu álbum de 1986, “Correndo o Risco”.Em 1985 foi realizada no Brasil a primeira edição do Rock in Rio. Raul não foi convidado. Lucas relata na sua tese que, nas entrevistas da época, Raul fazia questão de desmerecer alguns participantes do evento: “Raul Seixas torce o braço em forma de banana para o rock brasileiro de atual sucesso: ‘Tudo muito bonzinho, não acha? Bem, eu não vou falar do Parachoques do Fracasso, tá certo? Acho tudo uma palhaçada enorme. Não tem sacanagem nenhuma, tudo muito ingênuo. De todos só gosto do Kid Vinil e seu grupo Magazine. Eles sim, são punks vagabundos. Não gosto nem do Barão Vermelho. Me parece que esse pessoal não tem informação. E a culpa não é minha'”.Foto: ReproduçãoKid Vinil também foi citado de forma elogiosa por Raul em uma entrevista famosa que ele deu a Pedro Bial. E existe um pequeno trecho em áudio de uma homenagem cantada ao Kid feita pelo Raul, além de áudios de entrevistas de Raul conduzidas por Kid Vinil.Ao longo dos anos, Raul seria homenageado por dezenas de artistas que passaram pelo festival, até mesmo Bruce Springsteen, que mandou uma releitura de “Sociedade Alternativa” na edição de 2013. E Jotabê Medeiros reproduz no livro “Raul Seixas: Não diga que a canção está perdida” uma fala de Roberto Medina, promotor do Rock in Rio, onde ele se justifica pela ausência de Raul: “A primeira edição do Rock in Rio, em 1985, perdeu o bonde. É claro que, não só no Raul, como em outros nomes, posso não ter pensado. Confesso que não lembro muito bem como elegi o casting nacional. Naquele tempo tinha a Rádio Fluminense – a Maldita – e eu me pautava no aconselhamento deles. Fiz também pesquisa de opinião – o que faço até hoje – me balizando em tribos e estilos diferentes. Tinha ainda a dificuldade para contratar as bandas. Foi muita pressão. É claro que o Raul Seixas deveria estar presente, mas provavelmente eu tenha esquecido outras pessoas também importantes. A segunda edição do Rock in Rio, em 1991, já tinha perdido o bonde, mas cheguei a procurar a viúva de Raul, Kika Seixas, para fazer um selo comemorativo do festival”.

Source: As ácidas críticas que Raul Seixas fazia aos roqueiros dos anos oitenta no Brasil

Que coisa feia, Raul. Parece inveja.

Roger Moreira · 11/03/2023 às 14:29 · Ler Mais

BARRACO DA ALEMOA. Na sua última coluna “Retrô”, Frida ZenKalo vem de retos, trilha sonora dos 80’s… – Claudemir Pereira

Homenagem aos retos

Source: BARRACO DA ALEMOA. Na sua última coluna “Retrô”, Frida ZenKalo vem de retos, trilha sonora dos 80’s… – Claudemir Pereira

Roger Moreira · 04/03/2023 às 13:30 · Ler Mais

Trilha das Diretas teve Ultraje, Chico, Caetano e Milton – 25/02/2023 – Ilustríssima – Folha


Roger Moreira, do Ultraje a Rigor, no segundo dia da segunda edição do festival SWU (Starts With You) Music and Arts Festival, em Paulínia, em 2011 – Zanone Fraissat/Folhapress

Como canções de Ultraje, Caetano, Chico e Milton deram o tom das Diretas

Músicas de variados estilos e artistas viraram hinos do movimento que tomou as ruas do país

Oscar Pilagallo

Jornalista, é autor de “História da Imprensa Paulista”, entre outros livros. Lança agora “O Girassol que nos Tinge: Uma história das Diretas Já, o Maior Movimento Popular do Brasil” (ed. Fósforo), sobre os 40 anos das Diretas

[RESUMO] No texto a seguir, adaptado de capítulo do livro “O Girassol que nos Tinge: Uma História das Diretas Já, o Maior Movimento Popular do Brasil”, o jornalista Oscar Pilagallo conta como uma lista eclética e improvável de canções, do rock à MPB tradicional, embalaram as multidões que iam às ruas pela redemocratização do país.

Num dia qualquer de 1982 —entre a surpreendente derrota da seleção brasileira na Copa da Espanha, em 5 de julho, e a auspiciosa primeira eleição direta para governadores em mais de 15 anos, em 15 de novembro—, Roger Moreira tomou uma chuveirada que mudaria sua vida e emprestaria irreverência à trilha sonora da campanha das Diretas. Cantarolando na ducha, acabou entoando, por uma associação sonora qualquer, a palavra “inútil”, que ficou reverberando em sua cabeça até se transformar no refrão “a gente somos inútil”.

Nascido em família da classe média paulistana residente na chique região dos Jardins, Roger estava distante do perfil dos jovens engajados que militavam no então ressurgido movimento. Adolescente, a transgressão não ia além dos sapos que, apanhados na fazenda dos pais, soltava nas aulas. Em vez de contestação juvenil, algazarra inconsequente. Tinha largado o vício do fliperama, mas ainda gostava de entrar pela madrugada brincando de videogame ou folheando gibis, como “Pato Donald”. “Eu não era muito politizado, mal sabia o que era esquerda e direita”, lembraria quatro décadas mais tarde, quando já estava alinhado à direita, inclusive apoiando o presidente Jair Bolsonaro, de extrema direita. E, no entanto, o guitarrista alienado de 1983 iria capturar o desejo coletivo, mas ainda não verbalizado nas ruas, de deixar para trás a ditadura. Vazada em críticas ao governo e à sociedade, com ironias sublinhadas pela concordância verbal torta, a letra de “Inútil” passeia por mazelas brasileiras. Há menções à política industrial (“a gente faz trilho e não tem trem pra botar”), ao descuido social (“a gente faz filho e não consegue criar”) e à censura (“a gente escreve peça e não consegue encenar”). Roger olha também para o próprio umbigo (“a gente faz música e não consegue gravar”) e reflete o desapontamento nacional com a Copa perdida pelo futebol-arte (“a gente joga bola e não consegue ganhar”). Foi o verso de abertura, porém, que catapultou a música ao cenário político nacional: “A gente não sabemos escolher presidente”. Era um grito que expunha frustrações e sacudia consciências, mexendo com os brios de quem, talvez vestindo a carapuça, se acomodara à impotência política. A parabólica de Roger estava voltada para o lugar certo. “Inútil” teve a primeira audição pública em abril de 1983, pouco mais de um mês depois de a emenda Dante de Oliveira ter obtido o número necessário de assinaturas para ser apreciada pelo Congresso. A então desconhecida banda Ultraje a Rigor tocou-a no Teatro Lira Paulistana, um dos endereços mais prestigiados da cena musical de vanguarda dos anos 1980 e que decidira abrir espaço para novas bandas no projeto Boca no Trombone. Gravada quase em seguida em um compacto simples, teria que aguardar por longos meses a liberação da censura. A provocação juvenil parecia incomodar os militares, como um sapo jogado na caserna. Antes de obter a autorização de Brasília, no entanto, a música chegaria aos palanques da campanha das Diretas por vias informais. Tudo começa quando André Midani, presidente da gravadora WEA, resolveu distribuir para amigos fitas cassete com a gravação inédita. Uma delas cai nas mãos do publicitário Washington Olivetto, o criador da Democracia Corintiana, que a envia a Osmar Santos.

O radialista e apresentador toca “Inútil” no seu programa na extinta rádio Excelsior, o “Balancê”, que fazia sucesso entremeando música e conversa sobre política e futebol. Na sequência, procura Roger e lhe pede autorização para reproduzi-la no sistema de som do primeiro dos grandes comícios das diretas, em 12 de janeiro de 1984, na Boca Maldita, em Curitiba. Seria a estreia de Osmar Santos como mestre de cerimônias da campanha e de “Inútil” como um de seus hinos. No palanque, Ulysses Guimarães se arrisca a cantarolar um trechinho.

Finalmente liberada pela censura, que desistiu de exigir mudanças na letra, a música emplacou, tendo contado até com a publicidade que lhe deu Ulysses. Quando Carlos Átila, porta-voz do presidente Figueiredo, declarou em seguida que as manifestações populares só serviam para “desestabilizar a sucessão”, o deputado disse à imprensa que mandaria ao funcionário do Palácio do Planalto uma cópia do single de presente.

“Ele que repita isso, que toque o disco e fique ouvindo.”

Roger estava longe de ser, entre seus pares, uma andorinha solitária no verão das Diretas. Tardio como foi, o rock brasileiro, além de abordar temas típicos da juventude, como a rebeldia e o amor, lançou um olhar crítico sobre a política nacional desde a virada da década.

 

Source: Trilha das Diretas teve Ultraje, Chico, Caetano e Milton – 25/02/2023 – Ilustríssima – Folha

Roger Moreira · 26/02/2023 às 11:36 · Ler Mais

Yesterday’s papers: Roll e Metal | Mural Cultural


Blog de notícias selecionadas, resenhas e troca de informações sobre música, livros, esportes, filmes, shows, comportamento e cultura em geral.

Source: Yesterday’s papers: Roll e Metal | Mural Cultural

Roger Moreira · 24/02/2023 às 14:09 · Ler Mais

Roger Moreira: “A rebeldia hoje é ser de direita”


Nesta entrevista exclusiva, falamos pouco de música. Mas teve Covid. Teve QI alto. E teve política, claro. Leia na Gazeta do Povo

Source: Roger Moreira: “A rebeldia hoje é ser de direita”

Roger Moreira · 24/02/2023 às 14:08 · Ler Mais

Gazeta Explosiva: Operação gambiarra

Na década de 80, a banda Ultraje a Rigor fez sucesso com a música ‘Inútil’. A canção dizia: “A gente não sabemos escolher presidente” e “A gente faz trilho e não tem trem pra botar”.  O pop/rock era escrachado para escancarar a incompetência governamental. Contudo, a licença poética virou verdade. O governo do PT sempre contou com o beneplácito de parte da imprensa e de uma intelectualidade que insiste em ver uma beleza na suposta simplicidade petista. Então, a incompetência está sendo tratada com certa condescendência.
— Read on gazetaexplosiva.blogspot.com/2023/02/operacao-gambiarra.html

Roger Moreira · 17/02/2023 às 15:29 · Ler Mais

Sobre a Banda

Princípio: 1980 - 1988

O grupo Ultraje a Rigor começou como uma banda de covers, principalmente de Beatles, punk rock e new wave. A primeira formação, composta por Roger, Leôspa, Sílvio e Edgard Scandurra, começou fazendo pequenos shows em bares. Em 1982, decidiram que o nome da banda seria Ultraje a Rigor, um trocadilho com a expressão "traje a rigor". Roger, inicialmente, havia pensado em batizar a banda apenas como "Ultraje", mas Edgard, quando perguntado a respeito do nome, ouviu errado e perguntou: "Hã? Como é? Que traje, o traje a rigor?". O trocadilho fez sucesso e o nome Ultraje a Rigor foi adotado.

Brevemente, Silvio deixou a banda e foi substituído por Maurício Defendi. Em abril de 1983, a nova formação participa do primeiro show da banda apenas com composições próprias. Após um desses shows, assinaram um contrato de gravação com o produtor Pena Schmidt, que fazia parte da WEA e trabalhou também com artistas como o Ira! (do qual Edgard fazia parte) e os Titãs. Eles haviam gravado seu primeiro single, Inútil/Mim Quer Tocar, que, por problemas com a censura, não foi liberado até outubro daquele ano.

Edgard, já membro do Ira!, encontrou-se impossibilitado de continuar a dividir seu tempo entre duas bandas e optou pela segunda. Carlo Bartolini, conhecido como Carlinhos, foi chamado para seu lugar. Em 1984, com a nova formação, o Ultraje grava seu segundo single, Eu Me Amo/Rebelde Sem Causa. A primeira canção teve relativo sucesso, incentivado pela coincidência de seu refrão com o de Egotrip, da Blitz. A segunda música, porém, foi determinante para o sucesso da banda desde que começou a ser executada, em janeiro de 1985.

O primeiro LP da banda, Nós Vamos Invadir Sua Praia, lançado alguns meses mais tarde, fez grande sucesso. Foi o primeiro LP de rock no Brasil a ganhar Disco de Ouro e Disco de Platina. A maior parte das músicas teve grande sucesso, e a banda quebrou recordes de público em diferentes locais em todo o país, como o Canecão, no Rio de Janeiro.

No início de 1986, o Ultraje grava um LP chamado Liberdade Para Marylou, com uma versão remixada de Nós Vamos Invadir Sua Praia, a canção inédita Hino dos Cafajestes e uma versão de Marylou em ritmo de carnaval, que foi bastante tocada nos bailes de carnaval da época. Em 1987, durante as gravações do novo LP, Sexo!, Carlinhos (com a possibilidade de uma mudança para Los Angeles para formar sua própria banda) deixou a banda e Sérgio Serra o substituiu. O segundo álbum foi tão bem sucedido quanto o primeiro, com a canção Eu Gosto de Mulher atingindo um máximo de #96 no Hot100Brasil.

Maturidade e mudanças: 1989 - 1998

Em 1989, mais maduros e um pouco cansados pelas constantes turnês, os integrantes gravam o terceiro disco, Crescendo. O álbum vendeu bem, mas os meios de comunicação social começam a perder o interesse no Ultraje após quatro anos de sucesso. Mesmo assim, o grupo ainda provocou polêmica, ao fazer uma provocação ao anúncio do fim da censura oficial, com a canção Filha da Puta. A canção foi censurada extra-oficialmente, em muitas estações de rádio e programas de TV, o que dificultou a promoção do álbum. Outras canções picantes com temas como "O Chiclete" e "Volta Comigo", uma música que trata de adultério, tiveram suas execuções comprometidas. Em 1990, o Ultraje voltou às suas raízes lançando o "Por Quê Ultraje a Rigor?", um álbum de covers que faziam parte do seu repertório do início da carreira, além de Mauro Bundinha, uma canção inédita da mesma fase. Mauricio, após ter se casado com uma americana, mudou-se para Miami. Sua vaga foi provisoriamente preenchida por Andria Busic, baixista do Dr. Sin, que entregou seu lugar um mês depois para Osvaldo Fagnani. Após quase mais um ano de turnê, Roger percebe que o Ultraje a Rigor já não era a mesma banda. Leôspa, depois de ter casado, já não podia manter o seu entusiasmo para viajar e ensaiar; Sergio aspirava sair para formar a sua própria banda, e Osvaldo preferia trabalhar em seu estúdio profissional. Depois de uma conversa com Leôspa, Roger decidiu procurar novos membros para tentar continuar o Ultraje.

Pesquisando em bares e através de mostras de bandas principiantes, encontrou Flávio Suete, baterista que tocava covers de Frank Zappa. Flávio recomendou Serginho Petroni, baixista que também tocava covers. Juntos, começaram as audições para novos guitarristas. Depois de meses de teste, descobriram Heraldo Paarmann através de um anúncio da Rádio Brasil 2000 FM. Eles continuaram ensaiando e tocaram alguns shows para reforçar os respectivos sons. Em 1992, contra a vontade da banda, a WEA lançou uma coletânea chamada "O Mundo Encantado de Ultraje a Rigor" (a palavra "Encantado" era uma ironia de Roger com relação ao encanto dos primeiros anos e as dificuldades com a gravadora, em relação a novos projetos). Embora essencialmente uma coletânea do material lançado anteriormente, o álbum continha duas novas faixas da nova formação (Vamos Virar Japonês, com a dupla caipira Tonico e Tinoco; e uma versão de Rock das Aranha, de Raul Seixas) juntamente com reedições hits lançados anteriormente. Em 1992, ainda em rebelião contra a indiferença da sua empresa discográfica, o grupo grava independentemente Ah, Se Eu Fosse Homem, uma digressão sobre as dificuldades enfrentadas pelos homens no que diz respeito ao novo pós-feminismo. A fita desta música, distribuída para estações de rádio pela própria banda, produziu os resultados esperados.

Em 1993, em meio a uma situação já tensa com a gravadora, lançam Ó!, seu sexto LP - o quarto composto apenas por novos materiais. O disco foi gravado às pressas (dois meses de estúdio) e com orçamento pequeno, condição que foi imposta pela WEA, que mesmo assim, praticamente ignorou o álbum, fazendo com que o contrato fosse rompido em 1994. O clipe de "Acontece Toda Vez Que Eu Fico (Apaixonado)" fez sucesso na MTV, mas a canção era apenas um modesto sucesso na mídia e nas lojas. Em 1995, uma nova coleção de hits, desta vez sem o conhecimento da banda, foi lançado, parte de uma série chamada "Geração Pop". Em 1996, a empresa lança ainda outra coleção-surpresa, um registro denominado O Melhor do Ultraje a Rigor/2 É Demais! - fusão dos dois primeiros álbuns sem as faixas bônus. Ainda sem notificar a banda, a Warner libera mais dois relançamentos: em 1997, Pop Brasil, (na verdade, uma reemissão de Geração Pop com menos músicas), e, em 1998, Ultraje a Rigor Vol. 2/2 É Demais!, outra coletânea-fusão de dois álbuns, sem as faixa-bônus, da banda - o terceiro e quarto discos.

Recomeço: 1999 - 2007

No início de 1999, depois que Serginho deixou a banda e foi substituído por Rinaldo Amaral (conhecido como Mingau), o Ultraje lança 18 Anos Sem Tirar!, um disco ao vivo gravado em 1996, de maneira independente, que ganhou quatro faixas inéditas em estúdio. Agora tendo trocado a WEA pela a Deckdisc/Abril Music e tendo como carro-chefe a faixa "Nada a Declarar", alcançam o Disco de Ouro. Em Janeiro de 2001, o Ultraje a Rigor participou da terceira edição do Rock in Rio, numa apresentação conjunta ao lado do Ira! e com direito a Should I Stay Or Should I Go?, cover do The Clash.

Em 2002, outra alteração na formação: Flávio e Heraldo distanciam-se das intenções musicais do resto da banda e resolvem deixá-la. Foram substituídos por Marco Aurélio Mendes, o Bacalhau, ex-baterista do Rumbora, e Sérgio Serra, ex-guitarrista do Ultraje, que voltou de Los Angeles para reintegrar o grupo e participar da gravação de Os Invisíveis.

Em 2005, a banda gravou e lançou, em CD e DVD (o primeiro da carreira), o seu Acústico MTV. O álbum inclui grandes sucessos como "Inútil", "Mim Quer Tocar", "Independente Futebol Clube" e "Eu Gosto de Mulher" e faixas inéditas, como "Cada Um Por Si". Destaques também para Eu Não Sei, versão de Can't Explain, do The Who, feita por Roger a pedido do Ira!; Ciúme, gravada numa versão originalmente prevista para o disco Nós Vamos Invadir Sua Praia, com uma parte calma; e Nós Vamos Invadir Sua Praia, com cordas e metais.

Fase independente: 2008 - 2010

No final de 2008, Roger confirmou a saída da gravadora Deckdisc para trabalhar em um álbum independente disponível para download. O projeto recebeu o nome de Música Esquisita a Troco de Nada!, não sendo necessário pagar para ter as músicas em seu computador. No início de 2009, após a gravação de algumas demos, Sérgio Serra abandona novamente a banda. Lançado em 5 de abril de 2009, o EP foi gravado com as participações especiais de Edgard Scandurra nas guitarras, da cantora Klébi Nori na música Amor e foi disponibilizado no site ReverbNation e no My Space da banda.

Após alguns meses como um power-trio, acompanhados pela banda de apoio, através de uma conta no Facebook, Roger anuncia a entrada do guitarrista Marcos Kleine. Com esta formação, a banda continua realizando shows pelas proximidades da região sudeste do Brasil, devido ao medo de avião de Roger, o que leva a banda conseguir agenda em shows que são possíveis a locomoção por ônibus.

2010 - Atualmente

Em 2010, foi anunciado o lançamento da biografia Nós Vamos Invadir Sua Praia, que mostra a história da banda. O livro, escrito pela jovem jornalista Andréa Ascenção, autora do agente literário Andrey do Amaral, vem recheado com histórias, fotos, letras de músicas, depoimentos e curiosidades. A biografia foi publicada em abril de 2011 pela Editora Belas Letras. Na época, Roger pretendia gravar um CD e DVD ao vivo, comemorando 30 anos de carreira.

Em junho de 2011, a banda passou a fazer parte do elenco do talk show Agora É Tarde, como banda fixa. Com isso, a banda voltou a ter um maior destaque na grande mídia, se apresentando em grandes festivais, como o SWU, onde tiveram problemas com a produção do cantor britânico Peter Gabriel, e no Reveillon na Paulista.

Em 2012, a banda lançou pela Deckdisc um álbum em parceria com os Raimundos, intitulado O Embate do Século: Ultraje a Rigor vs. Raimundos. A ideia do projeto é de que uma banda regrave da outra, e vice-versa.

No final de 2013, a banda anunciou a saída da Rede Bandeirantes e do Agora É Tarde, se juntando, assim, a Danilo Gentili, Léo Lins, Murilo Couto e Juliana Oliveira no novo late-night talk show brasileiro, The Noite no SBT.

Em 2015, a banda grava o álbum instrumental Por que Ultraje a Rigor?, Vol. 2, sendo uma continuação do álbum de versões, lançado pelo grupo em 1990. O registro, gravado ao vivo no estúdio, conta com 20 regravações e tem a distribuição da EF, selo pertencente à Sony Music. O projeto foi lançado em agosto. No mesmo ano se apresentaram no Palco Sunset da sexta edição do Rock in Rio, ao lado de Erasmo Carlos.

Em 2016, abriram o show dos Rolling Stones no Estádio do Maracanã pela turnê América Latina Olé Tour 2016.

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